Rio Grande do Norte não atinge meta contra desnutrição

O Rio Grande do Norte ainda não conseguiu atingir a meta de reduzir o percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para a idade. De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), do programa Pacto pela Saúde, criado pelo Ministério da Saúde, o Rio Grande Norte atingiu um percentual médio de 4,2%, quando o alvo estabelecido é de 4%. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) durante reunião, no Laboratório Central, com diretores de Unidades Regionais de Saúde (Usarps) e coordenadores de diretorias da Sesap, para mostrar a importância de cada município fazer um esforço coletivo para atingir a meta e estar focado no compromisso firmado com a sociedade em promover melhorias do SUS.

Segundo os dados apresentados, o percentual alcançado este ano chega a ser mais desfavorável do que o do ano passado, quando o RN atingiu 4,07%. Na Grande Natal, o município mais distante de atingir a metaé Extremoz com 9,4%, enquanto que Natal e São Gonçalo conseguiram o objetivo com folga com 3,0% e 3,1%, respectivamente. As diretorias regionais que apresentaram melhores somas de índices foram a IV Ursap com 56,7% ao lado da região metropolitana com 32,8%. Já a VI URSAP apresentou os piores com 133,8%. O relatório chama a atenção para os municípios que ultrapassaram o percentual de 4% para que implementem urgentemente medidas de melhorias das ações do SUS e da alimentação infantil.

"A Sesap faz um alerta a esses municípios para que possam utilizar melhor a ferramenta do SISVAN e consigam superar dificuldades", disse a nutricionista Michele Nascimento, da Área Técnica de Saúde da Criança da Sesap. Ela informa que a Sesap vai realizar reunião para mostrar os indicadores aos técnicos de cada regional, tendo em vista que o percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para a idade é o índice utilizado para avaliação do estado nutricional que reflete a situação global da criança, permitindo avaliarseu crescimento. Segundo eles, os índices que variam de 0 a 5 influenciam diretamente nas políticas públicas do Ministério da Saúde de combate à desnutrição e mortalidade infantil, além de trabalhar atrelados à programas sociais.

Um exemplo, segundo a nutricionista Jacilda Rosendo, é o Bolsa Família que utiliza o sistema de avaliação como uma ferramenta para definir condicionalidades para que uma família tenha direito ao benefício. Entre essas condições está a exigência do cartão de vacinação e das aferições antropomédicas de peso e altura.

Prioridades

O Pacto pela Vida contém indicadores relativos a 11 prioridades, como atenção à saúde do idoso, controle do câncer de colo de útero e de mama, redução da mortalidade infantil e materna, fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias (com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, influenza, hepatite e Aids), intensificação das ações de promoção à saúde (atividade física, alimentação saudável e controle da Violência) e intensificaçãode ações voltadas para a cultura de paz, redução do tabagismo e fortalecimento da atenção básica.
DN online

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