Princípio de rebelião no presídio de Caicó expõe o caos no sistema prisional do Estado

A greve dos agentes penintenciários do RN, deflagrada no último sábado, tem causado uma onda de tensão e insegurança no cinturão prisional do Estado. Em Parnamirim, região metrolitana de Natal, ocorreu um motim de presos na manhã desta terça por conta do atraso na visita das mulheres e parentes dos detentos. Houve quebra quebra e celas danificadas. A polícia controlou a situação e o clima é de razoável tranquilidade.

Já em Caicó, um princípio de rebelião hoje por volta das 10 horas acionou a PM. Os presos queimaram colchões e houve disparos no interior da penintenciária. Depois da entrada de policiais do 6º BPM, a situação foi controlada o incêndio apagado. O clima azedou de vez no sistema prisional do Estado depois da paralisação dos agentes penitenciários do Estado que lutam por um reajuste e melhores condições de trabalho. O Juíz criminal de Caicó Luís Cândido Villaça se pronunciou agora a pouco a cerca da situação de sucateamento do Pereirão. "Falei com o secretário e as providências estão sendo tomadas", declarou Villaça.

SITUAÇÃO DO PEREIRÃO É INSUSTENTÁVEL

O Pereirão está em estado de sucateamento. Em abril, um curto-circuito deixou a penitenciária às escuras. Na ocasião, Dr. Luís Cândido Villaça expediu uma série de ofícios as autoridades responsáveis pelo sistema prisional do estado. "Todos puderam constatar que nós estamos a um passo de quebrar. A qualquer momento isso pode virar um cenário de desgraças. Eu estou impressionado com tanto abandono”, disse Villaça. Ainda naquela ocasião, foi prometida uma reforma em caráter de urgência que ainda não saiu do papel.

MORTES

No dia 14 de maio um detento foi encontrado morto nas dependências do presídio, neste sábado, 14. Erasmo Carlos Pereira, de 27 anos, morreu vítima de uma descarga elétrica, mas o laudo do ITEP atesta que Erasmo foi vítima de traumatismo craniano. O caso está esquecido.

No dia 16 de setembro Ednaldo Almeida dos Santos, de 29 anos, conhecido por Nego de Emanuel de morreu na penitenciária. Novamente a causa foi traumatismo craniano. O corpo do detento foi exumado e o laudo sai em uma semana. Agentes de segurança são investigados por suposto espancamento.

V&C