Brasil renasce na ginástica, leva ouro inédito e faz história com milésima medalha em Pans

Um dia depois da decepção da equipe feminina, a ginástica artística do Brasil renasceu em Guadalajara. E fez história. Nesta terça-feira, o time formado por Diego Hypólito, Arthur Zanetti, Petrix Barbosa, Jorge Sasaki Junior, Francisco Barreto e Péricles da Silva ficou com a medalha de ouro após uma disputa acirrada com Porto Rico até o último aparelho.

Foi a medalha de número 77 do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e a milésima do país na história dos Jogos Pan-Americanos - o país chegou ao México com 923 medalhas, segundo o COB.

O brasileiros ficaram com o ouro com uma soma total de 346,100 pontos. A prata ficou com Porto Rico (343,950), e o bronze foi para os Estados Unidos (342,00).

Esta é a primeira vez que a equipe masculina sobe ao topo do pódio nos Jogos Pan-Americanos. Os brasileiros foram medalhistas de prata em Santo Domingo-2003 e no Rio-2007. Antes, o país tinha dois bronzes, em Havana-1991 e San Juan-1979.

A equipe brasileira entrou na competição já sabendo das notas de Estados Unidos, Colômbia, Canadá e México. Na primeira rotação, os brasileiros se apresentaram no cavalo com alças, alcançando 55.200 pontos - foi o segundo melhor desempenho no aparelho, atrás apenas dos mexicanos, que fizeram 55.450.

Na segunda rotação, nas argolas, foi a vez de Arthur Zanetti dar show. O vice-campeão mundial do aparelho teve o melhor desempenho de toda a competição, com 15.550 pontos. NO total, o Brasil terminou esta rotação com 57.300 pontos, o mesmo número alcançado pelos norte-americanos, os melhores até então.

No salto, terceiro aparelho da rotação, os brasileiros continuaram bem: Sérgio Sasaki Júnior conseguiu a excelente nota de 16.050, e a equipe combinou para 62.800 pontos, desempenho superior ao de norte-americanos e colombianos, os melhores colocados do primeiro grupo.

Nas barras paralelas, os brasileiros tiveram um desempenho regular, com 56.600 pontos. O destaque foi, mais uma vez, Jorge Sasaki Júnior, que teve a melhor pontuação dentre os integrantes da equipe, com 14.550. Restavam duas provas, e a briga já era entre brasileiros e portorriquenhos pela medalha de ouro.

O ouro ainda correu riscos quando Francisco Barreto caiu durante a apresentação da barra fixa, o último aparelho em que os brasileiros competiram. Mas o ginasta teve sua nota cortada depois da ótima apresentação de Diego Hypólito, que manteve a equipe com grandes chances.

Restava, então, o exercício de solo, especialidade de Diego Hypólito. E o campeão mundial fez uma prova de 15.600 pontos, deixando os brasileiros com a inédita medalha de ouro.

Além de conquistarem o ouro por equipes, os brasileiros foram a diversas finais individuais: Diego Hypólito e Sergio Sasaki no solo, Sasaki no cavalo com alças, Arthur Zanetti nas argolas, Diego no salto, Sasaki nas paralelas, Petrix Barbosa na barra fixa, e Sasaki e Petrix no individual geral.
ESPN

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