Dois suspeitos são presos por venda de diploma de ensino médio na Paraíba

Dois suspeitos foram presos em João Pessoa sob a acusação de estelionato por venderem diplomas de segundo grau. A prisão, efetuada pela PM (Polícia Militar), foi realizada no domingo (16), após denúncias recebidas pelo MP-PB (Ministério Público da Paraíba), que agiu em parceria com a Secretaria de Educação.
De acordo com o MP-PB, dois colégios aplicavam as provas do supletivo sem a devida autorização da Secretaria de Educação e sem o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). Ontem, a promotora da Educação, Fabiana Lobo, flagrou a aplicação de provas nas duas unidades. “As provas apreendidas”, afirmou.
A suspeita de fraude surgiu com a enxurrada de certificados de conclusão do ensino médio de alunos que haviam sido reprovados em vários Estados.
Segundo a Polícia Militar, era cobrado R$25 por disciplina. Os candidatos, no entanto, precisavam pagar por 12 disciplinas, o que representava o valor total de R$300. As provas eram realizadas mensalmente. Estudantes de outros Estados, reprovados no ensino médio, procuravam frequentemente os colégios a fim de obter o certificado. A Paraíba já estava sendo considerada referência na emissão dos documentos fraudulentos.
A 'máfia do supletivo' foi denunciada inicialmente pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte à Secretaria de Educação da Paraíba. Segundo a promotora, “no flagrante a uma das escolas, foi possível constatar a existência de vários ônibus vindos de outros Estados”. Ela disse ainda que conversou com um aluno de Serra Talhada (PE), que relatou ter pago mais de R$500 para garantir o certificado.
Prisão no Ceará
A polícia cearense prendeu em flagrante, na noite de quinta-feira (13), um jovem de 21 anos acusado de vender diplomas falsos, pela internet, do Centro de Educação de Jovens e Adultos Professora Cícera Germana Correia, em Juazeiro do Norte (a 533 km de Fortaleza). Bruno José Saraiva Filho foi detido no momento em que entregava um dos certificados de conclusão do ensino médio ao diretor da escola.
O flagrante ao jovem acusado foi armado pelo próprio diretor do centro educacional, Moreira Firmino, que comunicou o fato à polícia. “Recebemos denúncias de que estava em uma sala de bate-papo vendendo certificados de conclusão do ensino médio aqui do centro. Entre nessa sala, conversei com ele e disse que tinha interesse. Prontamente ele me ofereceu o diploma por R$ 200. Disse que aceitava e marcamos um encontro numa praça no centro da cidade, onde ele estava com o diploma”, disse o diretor, que marcou o encontro com assistência de policiais civis.
UOL

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