Força no ataque. Renault lança seu primeiro SUV no Brasil para dividir terreno com o Ford Ecosport

Foz do Iguaçu (PR) - Quem nunca pensou em um dia fugir da rotina cansativa de trânsito e trabalho para juntar os amigos e desbravar uma trilha "off road" ou fazer um passeio de carro à beira-mar? O problema é que para realizar esse sonho é preciso ter na garagem um carro que aguente o tranco na hora de passar por um lamaceiro ou enfrentar a areia fofa da praia. Ou seja, você precisa ter um SUV - sigla em inglês para Veículo Utilitário Esportivo. Até certo tempo, as opções para esse tipo de automóvel por aqui eram limitadas a modelos de marcas importadas, sofisticadas e caras. Entretanto, desde quando a Ford iniciou a produção do Ecosport no Brasil, as marcas concorrentes se deram conta que esse filão de mercado tinha muito a crescer - e cresceu.


Modelo de entrada é equipado com motor 1.6 de 16V, o mesmo do Sandero Stepway Fotos: Renault/Divulgação Com o lançamento do Duster, a Renault declarou oficialmente que quer enfrentar a Ford entre os fora de estrada. Para isso, apresentou um SUV com preço abaixo da média no segmento e com bons itens de série.

Assim como seu rival declarado, o Duster possui uma vasta gama de versões. A de entrada, como motor 1.6 de 16V (o mesmo do Sandero Stepway) custa R$ 50.900, mas é bom saber que com ele talvez você não consiga realizar aquele sonho "off road". Além de não ter tração nas quatro rodas, o Duster mais barato está mais para aqueles consumidores que querem ter um SUV, mesmo que não façam uso de todos seus atributos aventureiros.

Já se sua sede é por lama - sem deixar de lado o uso urbano do carro - você precisará desembolsar R$ 64.600 para levar o Duster Dynamique com motor 2.0 16V e tração integral nas quatro rodas. O Diário/Vrum testou as duas versões (entrada e top de linha) e comprovou que a diferença entre as duas é equivalente aos quase R$ 15 mil que as separam.

O "completão" com motor mais potente é muito mais valente não só nos terrenos mais acidentados. No asfalto, ele é mais ágil para ultrapassagens e retomadas. O que usa o motor do hatch Sandero parece ser muito pesado para aquela motorização. Jáno interior as mudanças não são tão significativas entre o básico e o top. A principal diferença está no botão que fica na parte central do painel. Nele, o condutor pode selecionar as posições 2WD, Auto e Lock - uma para cada condição de terreno, sendo a última para aquelas condições mais adversas, como lama ou areia.


Direção hidráulica, ar-condicionado e vidros e travas elétricas são de série Segundo a montadora, o motor 2.0 16V desenvolve potência de 142 cv (etanol) / 138 cv (gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 19,7 kgfm (gasolina) / 20,9 kgfm (etanol) a 3.750 rpm.

Todas as versões de acabamento do Duster já oferecem como itens de série direção hidráulica, ar-condicionado e vidros e travas elétricas. Porém, um detalhe chamou a atenção durante o teste drive. A posição do

botão de acionamento dos vidros das portas traseiras instalado no encosto do braço faz com que o passageiro fique abrindo o vidro toda vez que descansa o braço no encosto. Um detalhe que não deve impedir que a Renault alcance a meta de vender 2.500 unidades/mês do modelo no Brasil, sendo cerca de 10% da versão top 4x4.

* Repórter viajou a convite da Renault

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