Igreja anglicana abençoa oratório de padroeiros dos gays em MS

Com um cartaz com o versículo bíblico “Deus não discrimina ninguém”, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil celebrou a primeira missa com a presença da imagens dos santos São Sérgio e São Basco, considerado padroeiro dos homossexuais. A celebração foi neste domingo (9), na Capela da Inclusão, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
O líder da igreja, o reverendo Carlos Eduardo Calvani, disse ao G1, antes da missa, que toda a diversidade será bem vinda ao templo. “A igreja precisa difundir o direito de rezar sem ser discriminado. Aqui não somos só uma igreja de gays e, sim, de família, não julgamos ninguém e acolhemos a todos”.
O oratório é um pequeno quadro feito por um artista plástico do Rio de Janeiro e foi encomendado por uma pessoa dos Estados Unidos. Quando os norte-americanos souberam do trabalho de inclusão de homoafetivos realizado em Campo Grande, segundo Calvani, eles resolveram doar o oratório.

O casal Alex Lima de 25 anos e Renato da Silva de 30 anos frequenta a igreja e conta que a casa própria e a adoção da filha de quatro meses, foram algumas das graças alcançadas. “Para nós é uma conquista pois mostra que, desde antigamente, os homossexuais eram respeitados”, disse Silva.
A missa de celebração durou cerca de uma hora e contou com os cânticos e leitura de textos bíblicos. O momento mais esperado pelos cerca de 20 fiéis que estavam presentes era a apresentação das imagens dos santos São Sérgio e São Basco que agora fazem parte do oratório implantado na capela.
Para o funcionário público Anísio de Almeida, a capela é um exemplo da convivência com respeito entre todos os tipos de diferenças. “Cada um tem o direito de amar quem quiser. Deus amou a todos então temos que amar sempre, sem nenhum tipo de discriminação”.
Os santos
Segundo a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Sérgio e Baco eram militares e formavam um casal quando se converteram ao cristianismo no século III. Permaneceram vivendo em união estável até serem denunciados e perseguidos pelo imperador Maximiano, que mandou torturá-los e condená-los à morte.

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