Polícia investiga envenenamento de 36 pessoas em escola gaúcha

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul abriu um inquérito para investigar um envenenamento coletivo em uma escola pública de Porto Alegre.

Pelo menos 36 pessoas – 22 crianças, com idades entre 7 e 13 anos, e 14 adultos, professores e funcionários da escola, tiveram sintomas de envenenamento, como náuseas, vômito, dor de barriga e cabeça, dentre outros, segundo a delegada Clarisse de Martini, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo a delegada, na escola estadual onde o caso ocorreu, no bairro Belém Velho, foram localizados várias embalagens de veneno de rato. Os professores levaram os invólucros para a cozinha, onde foram apreendidos pela polícia para perícia.

“Uma professora, que foi uma das últimas que almoçou, encontrou vários grãos rosa na comida, no meio do estrogonofe, e ficou desconfiada. Quando as crianças começaram a passar mal, a direção resolveu chamar a polícia”, afirma a delegada. "Dois alunos que estavam se sentindo mal foram levados para um hospital em uma ambulância do Samu. Os outros, inclusive a diretora e demais professores, foram levados para postos de saúde e prontos-socorros", acrescenta ela.


Pelo menos 36 pessoas relataram sintomas de
envenenamento (Foto: Mateus Bruxel/Agência RB)
Veneno encontrado
Segundo Clarisse, os grânulos de cor rosa encontrados na refeição dos alunos são iguais aos grãos que estavam nas embalagens de veneno de rato. Alguns dos sacos do veneno estavam abertos e com parte do conteúdo ainda dentro.

A Polícia Civil investiga se alguém teria interesse no envenenamento. A delegada ouviu alguns depoimentos na tarde de quinta-feira (4), logo após o envenenamento e diz que apura se há a possibilidade de uma disputa interna na escola.

O caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Porto Alegre.
Não haverá aulas na sexta-feira (5). Segundo nota da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), as pessoas “estão passando bem e retornando para suas casas”. De acordo com a Seduc, a suspensão do expediente foi uma “medida preventiva”. A secretaria afirma ainda que, se confirmada a suspeita de envenenamento, poderá ser aberto processo administrativo.

Do G1

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