Cresce o número de jornalistas assassinados

BRASÍLIA. Balanço divulgado ontem pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) mostra que o número de jornalistas assassinados no Brasil cresceu. Entre agosto de 2010 e julho de 2011, cinco profissionais foram mortos em função do exercício profissional. O levantamento anterior, referente a um período de 24 meses - agosto de 2008 a julho de 2010 -, havia registrado um único homicídio. O mais recente Relatório de Liberdade de Imprensa da ANJ revela também a ocorrência de 12 casos de censura judicial - decisões da Justiça que impediram veículos de comunicação de noticiar determinados assuntos. O número é menor do que as 19 situações de censura apontadas no balanço de 2008 a 2010. A diferença, porém, é que os 12 casos divulgados ontem foram registrados ao longo de um ano, enquanto os 19 ocorreram no dobro do tempo, em dois anos.

A ANJ só contabiliza como assassinatos os casos em que a investigação policial ou do Ministério Público encontrou fortes indícios de conotação com o exercício da profissão. Os cinco mortos foram: Francisco Gomes de Medeiros, conhecido como F. Gomes, de 48 anos, que trabalhava para a rádio Caicó e era repórter freelancer do jornal "Tribuna do Norte", em Caicó (RN); José Rubem Pontes de Souza, diretor-presidente do "Entre-Rios Jornal", de Três Rios (RJ); Luciano Pedrosa, radialista da Rádio Metropolitana FM e apresentador do programa Ação e Cidadania, na TV Vitória, em Vitória de Santo Antão (PE); Valério Nascimento, dono do jornal "Panorama Geral" e presidente da associação de moradores em Rio Claro (RJ); e o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Serra do Mel (RN), Edinaldo Filgueira, que havia fundado um jornal no município e mantinha um blog.
agência o globo:Demétrio Weber

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