Projeto criado no RN reintegra ex-dependentes ao mercado de trabalho

Vinte e nove jovens participantes do Projeto "Desafio Jovem", que tem o objetivo de recuperar dependentes de drogas e reintegrá-los à sociedade, receberam na última sexta-feira seus certificados de conclusão dos cursos de Aprendizagem Industrial. A parceria do projeto com o Senai/RN possibilitou a qualificação dos participantes nos cursos de Carpinteiro Telhadista, Instalador Hidráulico, Pedreiro de Edificações e Revestimento Cerâmico.

A sociedade foi concretizada a partir da iniciativa do industrial e diretor da Federação das Indústrias (Fiern) e da Coteminas, João Batista Gomes Lima. "Minha preocupação se deu a partir do significativo aumento de dependentes na região e todos os problemas relacionados ao uso de entorpecentes. Não consegui ficar indiferente a esse problema social e busquei ajuda de mecanismos que auxiliassem na redução do número de usuários", disse João Lima, que inclusive já contratou um ex-dependente na indústria que dirige.

O presidente da Fiern, Amaro Sales, apóia o Projeto e a parceria."A vinda a essa solenidade se configura num momento de inclusão social, que também é uma das missões do Senai. O Projeto demonstra aqui que oferece aos dependentes a oportunidade de recuperação e a parceria possibilita a inclusão dos ex-dependentes à sociedade", disse.

Os cursos do Senai dos quais os formandos participaram já proporcionaram a construção do escritório do Projeto totalmente erguido pelos próprios alunos. "Essa é uma iniciativa de resultado. Vemos esse trabalho aqui quase finalizado. Falta a parte elétrica e outros detalhes sobre os quais ofereceremos outros cursos em 2012", disse Josenilson Dantas, diretor operacional do Senai que também prestigiou a solenidade.

Projeto

O Desafio Jovem foi criado em julho de 1984, em Parnamirim. A entidade é especializada na recuperação de viciados em tóxicos, psicotrópicos, alcoolismo e tem a missão de servir e dar atenção a pessoas com transtorno decorrentes do uso ou abuso de substancias psicoativas em modelo residencial, com um programa terapêutico que permita um tratamento integral e a adquirir novos valores e um novo estilo de vida.
DNonline

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