PMs e Bombeiros do RN fazem protesto por subsídios

Policiais Militares e Bombeiros promovem hoje um ato público, a partir das 8h, em frente à Assembleia Legislativa, no bairro de Cidade Alta, cobrando que seja enviado para apreciação dos parlamentares o projeto de lei que cria o subsídio salarial para categoria, além de outros benefícios. O cabo PM Jeoás Santos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte (ACS/RN), afirma que o motivo do protesto é a demora do Governo do Estado em enviar à proposta de Lei à AL. "Em um acordo feito com a categoria em setembro, o governo prometeu que o envio aconteceria até o final de novembro, mas isso não aconteceu". O coronel PM Francisco Araújo Silva, comandante da corporação, diz que a governadora Rosalba Ciarlini deve entregar o projeto até o final da semana.

Jeoás Santos diz que a categoria está inconformada com o fato de o governo ter descumprido com o acordo e ainda alerta para uma possível "greve branca" da categoria, caso não haja resposta satisfatória do governo. Segundo o presidente da ACS, os policiais estão preocupados com a demora na entrega do documento à AL pelo fato do orçamento do Estado já ter sido entregue à casa legislativa, até com redução da verba para a Segurança Pública. "Temos medo de não haver dotação orçamentária para cumprimento dessa medida".

O presidente da ACS/RN ressalta que o projeto de Lei estabelece a remuneração dos PMs a partir de um subsídio de valor escalonado e seria colocado em prática a partir de julho do ano que vem. "O coronel PM, último posto da corporação, passa a ganhar R$ 11 mil. O soldado ganhará 20% desse valor, que é de R$ 2,2 mil".

O ato promovido hoje, segundo Jeoás Santos, será uma forma de pedir apoio aos deputados estaduais quanto à causa da categoria. O cabo adverte que se não houver resposta satisfatória do governo, há a possibilidade de desencadeamento do movimento "segurança com segurança" de forma mais ampla.

"Esse movimento é simples: o soldado somente sai do quartel se houver condições ideais de trabalho. As nossas viaturas estão em péssimas condições. O governo prometeu comprar 150 para substituí-las, mas só foram adquiridas 90. Temos um déficit de 1.100 coletes à prova de balas. E ainda esperamos as 13 mil pistolas vindas de São Paulo para substituir os revólveres calibre 38".

O coronel Araújo diz ter conversado com o secretário chefe do Gabinete Civil, José Anselmo Carvalho, e com o consultor geral do estado, José Marcelo Ferreira da Costa, e lhe foi prometido que hoje seria finalizado o projeto e encaminhado para a governadora Rosalba Ciarlini amanhã. "Ele deve apreciar nesta quinta ou sexta-feira".
DNonline

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