Invasão de smartphones e tablets é tendência para 2012

Depois do baque na segurança e na privacidade de internautas do mundo todo em 2012, com invasões à rede da Sony, ao Gmail, ao Facebook e sites de governos do Brasil e do mundo, a tendência é de que as invasões vão piorar, até porque cada vez mais pessoas vão se conectar à internet. Entretanto, o especialista em segurança da Norton Bruno Rossini diz que o novo foco dos hackers está cada vez mais nos smartphones. "A gente tem um estudo feito este ano sobre crime cibernético no mundo que mostra que 9% de toda atividade criminosa na internet teve como ferramenta os smartphones. Alguns dos players (as operadoras) deste mercado tem mais de 25 milhões de assinantes", justifica. Segundo ele, hoje há duas maneiras principais de ser contaminado pelo celular. "A primeira delas por aplicativo e a segunda por uma modificação do phishing que já é usado no computador", explica. Os tablets também podem ser incluídos numa nova onda de contaminação, já que estão em franca expansão. Além deles, equipamentos com tecnologia Android estão na mira. "Houve um crescimento de 40% de contaminação entre 2010 e 2011 para dispositivos móveis e deve continuar crescendo em 2012. Hoje, por duas características muito claras do Android, ele demanda mais atenção do ponto de vista de segurança. Primeiro, a curva de adoção do Android é muito maior, ele é muito mais adotado. Segundo, é um sistema de plataforma aberta. O Google tem anunciado, quase que semanalmente, aplicativos do Android Market que não são seguros. E há uma tendência de que seja cada vez mais adotado", afirma. O especialista não discrimina aplicativos pagos ou gratuitos. "O fato de ser gratuito não significa que ofereça mais risco ou não, é caso a caso. Basta ser desenvolvido por alguém que queira roubar aquilo de você", diz. Segundo ele, não dá pra saber qual vai ser a grande praga de 2012, mas é sempre bom lembrar dos estragos causados por vírus anteriores, como o Stuxnet e seu sucessor, de 2011, o Duqu. Crimes sazonais, com disseminação de doenças por ocasião de fatos mundialmente noticiados - como o casamento real ou a morte de Bin Laden - também vão continuar colocando em risco computadores do mundo todo, assim como o ativismo hacker. A consolidação da computação em nuvem também exige atenção. Segundo Bruno, já é possível usar um sistema baseado em reputação para garantir segurança."Se durante a noite os usuários tiverem problema com arquivo específico, quando mais pessoas começarem a usar, vamos poder avisar que outros usuários tiveram problema com aquele arquivo antes. Livrando-se das pragas 1- Use um antivírus completo, isto é, pago, e saiba que mesmo assim ainda há risco, já que o antivírus usa só a biblioteca da empresa que vende o produto. Outra solução para usuários do Windows original que não querem gastar é baixar o Security Essencial, antivírus gratuito em português. 2 - Atenção ao download de aplicativos, músicas e vídeo. Quase sempre há um freeware que traz alguma coisa junto. Atenção especial se o computador é usado por crianças. 3 - E-mail e spam ainda são ameaças porque ainda há muito usuário que não consegue identificá-los. Embora o spam tenha caído de uma taxa de 90% para 70% em cerca de três anos, ele ainda é uma ameaça significativa, já que junto com o e-mail leva a páginas fraudulentas. 4 - Redes sociais podem ser perigosas. Aplicativos e URL's encurtadas foram praga em 2009 e continuam dando prejuízos ao usuário porque ele não sabe o destino do link. 5 - Use senhas robustas e mais elagoradas de no mínimo seis dígitos, com letras, números e símbolos. Use senhas diferentes para os aplicativos: diferencie as usadas para comprar daquelas dos bancos e tenha outras para as redes sociais e e-mail. DNonline

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