O TEMPO DA LÁGRIMA
Dei-me de cara com uma lágrima.
Uma lágrima surgida como que do nada!
Uma lágrima que vacilava
Nos cílios de uma alma que gotejava!
Vi que a mãe da lágrima balançava
Uma filha que desabrochava.
Imaginei como teria sido gerada
Aquela lágrima mágica
E qual o tempo de vida de uma lágrima!
Seria o tempo da lágrima passada?
Seria o tempo da lágrima futura?
Seria o tempo da lágrima presente?
Seria a lágrima de outro tempo?
Não sei. A lágrima surge de repente
Do sentimento do ente que sente!
E dura o tempo enquanto nasce!
E dura o tempo do desenho na face!
E dura o tempo do gotejamento!
E dura o tempo do secamente!
E dura o tempo do encantamento!
A lágrima do tempo sempre presente.
A lágrima que ninguém pressente.
Gilberto Costa
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