A PÁGINA TINGIDA

A página alva, despoluída De riscos! De traços! De palavras! A página como que parecendo castra À espera de nela ser escrita Uma poesia que falasse de vida, Fora tingida por uma lágrima! Uma lágrima caída da fonte Da vida jorrando saudade! Vida de olhos tristonhos na face, Longe de seus costumes diários. Olhos solitários, sem outros olhares Para suas confidências trocarem! Olhos que não perdoaram a página Alva! A página castra! Olhos que deixaram sua marca De olhos saudosos de casa! Gilberto Costa

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