Quando a serra encontra o rio
Foto:Joamma Diniz- Rio Espinhas em Serra negra/RN |
Quando a serra encontra o rio é o tempo da travessia. Embora nunca tivessem se tocado a intimidade entre os dois denunciava o imenso amor que ela sentia por ele e vice e versa. Era um amor impossível, pois o rio jamais alcançaria a serra e tampouco ela sentiria força de suas águas, mas mesmo assim ela continuou a admirar seu amado, alimentando aquele amor que surgiu da admiração que ela sentia pela poesia de seu trajeto. Ele também a comtemplava era apaixonado pela imponência de suas formas e todos os dias quando o sol os despertava eles se amavam a distância. Aquele amor era ingênuo e puro, contentava-se com a admiração mutua. Ela o desejava, queria banhar-se em suas águas num mergulho de amor e poesia do mesmo modo que ele desejava percorrer seus caminhos mais secretos em trilhas de paixão. E assim eles viveram esse amor-admiração em que ele a completa e ela o completa formando um encontro tão perfeito quanto uma paisagem do sertão.
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