LIXÃO: FAMÍLIAS VIVEM DO QUE É DESCARTADO EM PORTO VELHO
Pessoas que vestem, calçam e se alimentam daquilo que é jogado fora. Em meio à sujeira, e sem qualquer proteção, pessoas tentam ganhar o pão de cada dia no lixão em Porto Velho.
“Lá em Lábrea não tem trabalho pra pobre”. A declaração é da catadora de lixo, Maria Consuelo, que trabalhava na roça, em Lábrea, no Amazonas e, segundo ela, encontrou uma vida melhor no lixão de Porto Velho.
Ela não é a única, a irmã de Maria, também Maria (do Socorro), tem 72 anos de idade e confirma: “Eu trabalhava na produção de farinha, e quando baixava o preço, passava fome, aqui pelo menos o alimento é garantido, mas sempre muito difícil”.
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O ambiente é real. De um lado urubus brigam por restos de comida, do outro, os catadores cavam em busca de materiais que podem garantir o almoço do dia. “Hoje já encontrei cebola e tomate, vou conseguir aproveitar”, disse a catadora Neuda Oliveira.
Mãe de 3 filhos, sem estudo, nem profissão, encontra no lixão o sustento da família: “Minhas roupas e sapatos também encontro aqui no meio, eu pego, lavo e a gente se veste”.
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Os catadores circulam entre as máquinas que se apressam em aterrar os lixos para que novas cargas possam ser despejadas. Um dia de trabalho rende o equivalente a 150 kg de lixo. Um risco! Em cada saco aberto o catador pode encontrar cacos de vidros, latas, seringas usadas que carregam consigo doenças, facilmente transmitidas pelo simples contato. “Depois que eu cheguei perdi as contas de quantas doenças já peguei aqui”, contou Neuda.
Falando em dinheiro, o dia rende, em média, R$ 25,00. Só o aluguel de um “barraquinho”, com dois cômodos, custa R$ 200,00 por mês. Trabalho cansativo, mas cheio de esperança.
Lixão
O lixão da Vila Princesa em Porto Velho garante a sobrevivência de cerca de 350 famílias. A Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, que demorou 19 anos para ser votada no Congresso,deu o prazo até 2014 para todos os municípios eliminarem seus lixões.
Autores:
Meiry Santos/Josimar Lopes
“Lá em Lábrea não tem trabalho pra pobre”. A declaração é da catadora de lixo, Maria Consuelo, que trabalhava na roça, em Lábrea, no Amazonas e, segundo ela, encontrou uma vida melhor no lixão de Porto Velho.
Ela não é a única, a irmã de Maria, também Maria (do Socorro), tem 72 anos de idade e confirma: “Eu trabalhava na produção de farinha, e quando baixava o preço, passava fome, aqui pelo menos o alimento é garantido, mas sempre muito difícil”.
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O ambiente é real. De um lado urubus brigam por restos de comida, do outro, os catadores cavam em busca de materiais que podem garantir o almoço do dia. “Hoje já encontrei cebola e tomate, vou conseguir aproveitar”, disse a catadora Neuda Oliveira.
Mãe de 3 filhos, sem estudo, nem profissão, encontra no lixão o sustento da família: “Minhas roupas e sapatos também encontro aqui no meio, eu pego, lavo e a gente se veste”.
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Os catadores circulam entre as máquinas que se apressam em aterrar os lixos para que novas cargas possam ser despejadas. Um dia de trabalho rende o equivalente a 150 kg de lixo. Um risco! Em cada saco aberto o catador pode encontrar cacos de vidros, latas, seringas usadas que carregam consigo doenças, facilmente transmitidas pelo simples contato. “Depois que eu cheguei perdi as contas de quantas doenças já peguei aqui”, contou Neuda.
Falando em dinheiro, o dia rende, em média, R$ 25,00. Só o aluguel de um “barraquinho”, com dois cômodos, custa R$ 200,00 por mês. Trabalho cansativo, mas cheio de esperança.
Lixão
O lixão da Vila Princesa em Porto Velho garante a sobrevivência de cerca de 350 famílias. A Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, que demorou 19 anos para ser votada no Congresso,deu o prazo até 2014 para todos os municípios eliminarem seus lixões.
Autores:
Meiry Santos/Josimar Lopes
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