Carlinhos Cachoeira ganha liberdade após nove meses preso

O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi condenado nesta terça-feira a cinco anos de prisão mais multa, pelos crimes de formação de quadrilha, exploração de jogos e tráfico de influência. A decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), é resultado das investigações da Operação Saint-Michel, que apurou irregularidades no sistema de transporte público. Como a pena imposta ao bicheiro é inferior a oito anos, o regime inicial da prisão deve ser semiaberto. Assim, Cachoeira obteve um habeas corpus que o autorizou a deixar o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira. A decisão foi tomada pela juíza Ana Cláudia Barreto e ocorre um dia antes da leitura do relatório final da CPI criada para investigar a relação entre políticos e o esquema operado pelo bicheiro. Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou corrupção e exploração ilegal de jogos na esfera federal. Desde então, o empresário ficou preso preventivamente no Distrito Federal e em Goiás. Vários pedidos de liberdade foram formulados nos dois processos, mas sempre esbarravam em decisões que alegavam o alto poder de influência de Cachoeira para mantê-lo preso. De acordo com o advogado do empresário, Nabor Bulhões, a decisão da juíza Ana Cláudia Barreto veio no momento em que o TJ estava próximo de conceder liberdade a Cachoeira. “A juíza que decretou a prisão, duríssima, ao receber as razões da defesa e os documentos provando que não tinha motivo para manutenção da prisão porque os crimes imputados de tráfico de influência não ocorreram, permitiu a liberdade. Pode ter havido, eventualmente, formação de quadrilha, mas isso não justificava a manutenção da prisão”. De acordo com Bulhões, seu cliente pode ser solto porque os impeditivos relativos à operação Monte Carlo “não prevalecem mais, não tem nada a ver com a situação”. *Com Agência Brasil e Agência Estado

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