CORPOS
Corpos de reluzência bela!
Corpos de somente delas
Quase sempre as mulheres!
Corpos à espera de talheres...
Corpos da fome dos quereres...
Corpos dos dizeres dos prazeres...
Corpos de estética máxima!
Corpos de graças divinas!
Corpos com marcas na alma.
Corpos que deambulam faceiros
No mundo fashion da moda!
Corpos em cadeiras de rodas...
Corpos que não incomodam
Agulha de costureiros.
Corpos nas mãos de carpinteiros!
Corpos de cortes certeiros!
Corpos cortados quase ao meio.
Corpos de corações cheios de devaneios!
Corpos sem meio-termos.
Corpos às vezes meio que enfermos.
Corpos de amores alheios
Aos corpos que apenas olham
Corpos que ainda esmolam
Corpos picados por enxames
E corpos riscados de arames.
Corpos do Corcunda de Notre-Dame.
Corpos desprovidos de estética.
Corpos que conseguem amar
Corpos vestidos de ética.
Corpos de todos os corpos
De imaginações diversas.
Corpos que nas conversas versam
Sobre corpos que de corpo e alma
Enxergam um único corpo partido:
O corpo de sangue oferecido.
O corpo do pão que nos é dado.
O corpo pregado na cruz.
O corpo do Nosso Cristo Jesus.
Gilberto Costa
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